quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Virtual Onde Cara-Palida?!


Harkes são sujeitinhos armados, na Grande Rede, diante de outros sujeitos, que estão desarmados.

As expressões do Pensamento e/ou Sentimento se dão na Grande Rede, com intuitos diversos.

Xinga-se, ama-se, aconselha-se, flerta-se, debate-se, magoa-se. E, todas essas ações são executadas por pessoas humanas por meio da escrita, da imagem, do som. Bem, sabe-se disso.

E, nessa disputa por voz, carinho e protesto, no espaço público conhecido como Internet (que eu chamo de Grande Rede), vale-se de meios, ora éticos, ora desleais, pilantras e mesmo covardes.

E, de todas as formas de tirania e opressão, que se pode verificar nesse espaço público, a mais traiçoeira de todas é a utilização de Conhecimento de Informática para calar uma voz desacordante ou mesmo incomoda.

Não nos iludemos: Quem esta pode detrais de nicknemaes de chats, de perfis de sites de relacionamentos, quem esta por detrais de tudo, acima ou abaixo do Bem e do Mal, são pessoas.

A Grande Rede... a Internet, é habitada por pessoas de CARNE, OSSO E SANGUE. Não se estragula e nem se acaricia, efetivamente, por meio de computadores, mas se magoa, se marca encontros, no mundo empirípico para se casar, trabalhar, transar, matar, ferir, debochar, e tudo o mais. E, volto a pontuar, são pessoas que estão do outro lado. Aquelas ou aqueles, a quem zingamos, paqueramos, derrubamos do sistema, roubamos os dados bancários, ferimos o ego, ironizamos das crenças, rimos das ingenuidades, cultuamos o corpo, idéia ou sentir, são Pessoas... PESSOAS DE CARNE, OSSO E SANGUE!

Não se trata de virtual... virtual NÃO! REAL SIM!!!

Realidade, nem um pouco virtual. Porque rimos e choramos na frente do PC, envia-se fotos de familia, fotos de nossas para paqueras do outro lado do Atlântico, fotos eróticas, fotos que querem humilhar, ENVIAMOS NOSSOS VIDÊOS DE TRABALHO, NOSSOS CURTAS...

CINEASTAS, POETAS, SOLITÁRIOS... todas as expressões da Arte, do SENTIR, do gostar e desgostar... tudo e todos que habitam a Grande Rede somos nós, é feito por nós, é testemunhados por nós.

Não existe virtualidade onde há corpos que suam, onde há sentimentos que amam, odeiam, riem, choram, gozam...

E, os sentimentos são virtuais?!

Eu, sinto que não!!!

Harkes são sujeitinhos armados, na Grande Rede, diante de outros sujeitos, que estão desarmados.

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